quarta-feira, 22 de julho de 2009

Congresso MEDUBI - Dor


II Congresso SOBRATI de Terapia Intensiva do Triângulo Mineiro

Uberaba - MG

Abertura: 10.08.2009 Encerramento: 11.08.2009
Tema: Contribuição dos avanços tecnólogicos no prognóstico de pacientes gravemente enfermos.
contato: cintiadutra@terra.com.br

Programa de Aprimoramento de Enfermagem - USP

O programa de aprimoramento em enfermagem está baseado em um programa de residência de enfermagem com remuneração de uma bolsa auxilio. São diversas áreas para o programa, e as inscrições são realizadas através da Vunesp.

Confira o edital:
http://www.estacaodigitalmedica.com.br/eep/arquivo/edital_abertura_2010.pdf

Maiores informações: http://www.vunesp.com.br/

Curso - INCOR- FMUSP

VII Curso de Enfermagemem Procedimentos Dialíticos

22.08.09
(sábado)
8h às 18h

Inicio das Inscrições - 20.07.09
Valores:
Enf – R$ 120,00
Graduando de enf-R$ 80,00
Func InCor: Enf / estudante enf-graduação – R$ 50,00

domingo, 5 de julho de 2009

I Simpósio Catarinense de Cardiologia Intervencionista para Clínicos

PROGRAMAÇÃO SIMPÓSIO DE ENFERMAGEM

SEXTA FEIRA– 14/08/2009

08h00 às 08h30
Anatomia Aplicada à Hermodinâmica
08h30 às 08h50
Vias de Acesso nos Exames Cardiovasculares
08h50 às 09h10
Preparo de Sala e Materias de Laboratório de Hemodinâmica
09h10 às 09h30
Discussão
09h30 às 09h50
Apresentações Práticas - Materiais e Preparo do Paciente: Acesso Via FemoralAcesso via Radial e Braquial
09h50 às 10h10
Complicações na Sala de Hemodinâmica
10h10 às 10h30
Proteção Radiológica
10h30 às 11h00
Intervalo
11h00 às 11h20
Aspéctos Práticos da Angioplastia Coronária
11h20 às 11h40
Manejo Pré e Pós Procedimento
11h40 às 12h00
Reprocessamento de Materiais: A visão da ANVISA
12h00 às 12h30
Discussão
PROGRAMAÇÃO SIMPÓSIO DE CARDIOLOGIA
SEXTA FEIRA– 14/08/2009
19h às 20h00
Cerimonial de abertura
20h às 20h20
Tomografia Coronária e Coronariografia: Complementares ou concorrente?
20h40 às 20h40
O presente e o futuro da Imagem Intravascular: Como o Ultrassom Intracoronário pode melhorar a Evolução dos Pacientes?
20h40 às 21h
Discussão
21h
Mitos e Verdade sobre Célular Tronco

SABADO - 15/08/209
08h00 às 08h20
Aspectos do Fechamento Percultâneo da Comunicação interatrial e forame oval patente: Indicações e Resultados
08h20 às 08h40
Tratamento Vídeo Cirúrgico da Valvopatia Mitral e Comunicação Interatrial
08h40 às 09h00
Discussão
09h00às09h20
Lesão de Tronco da Coronária Esquerda: A Cirurgia Ainda é a Primeira Opção?
09h20 às 09h40
Lesão de Tronco da Coronária Esquerda: Visão do Hemodinamicista: Foco no Estudo Syntax
09h40às10h00
Disucussão
10h00às10h20
Intervalo
10h20às10h40
Paciente Diabético: Quando a Intervenção Percutânea é a melhor opção para o paciente?
10h40às11h00
Paciente Diabético Multiarterial: Revascularização Cirúrgica ainda oferece Resultados Superiores!
11h00às11h20
Discussão

Artigo

APLICAÇÃO DE INDICADORES PARA ANÁLISE DE DESEMPENHO DO CENTRO CIRÚRGICO
Cristina Silva Sousa
Janete Akamine
(Artigo publicado na Revista de Adminsitração em Saúde-
RAS _ Vol. 10, No 41 – Out-Dez, 2008. Paginas 147-150)

Introdução

O centro cirúrgico por suas particularidades e características, constitui uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar, conseqüências dos equipamentos e da tecnologia disponível, da variação intrínseca nos seus principais processos, de uma complicação logística para o suporte de seu funcionamento e, principalmente, pelo risco de morte sempre presente1.
O centro cirúrgico resulta em processos além da realização de cirurgias, realizam-se exames diagnósticos (raios-X, analises clinicas, patologia), administram-se medicações, hemoderivados e recuperação anestésica.
Assim, percebe-se que o bom desempenho de um centro cirúrgico esta diretamente relacionada com a qualidade de seus próprios processos e com os processos dos serviços que o apóiam, como conseqüência de uma combinação entre instalações físicas, tecnologia e equipamentos adequados operados por mão de obra habilitada, treinada e competente1.
Com isso, para avaliar o desempenho desta complexa unidade, visando à gestão, busca de melhorias, desenvolvimento de novos processos, torna-se necessário desenvolver uma avaliação baseada em critérios previamente determinados que envolva qualidade, aplicação de indicadores e atuação da equipe multidisciplinar.
Kurcgant2 define a qualidade como um conjunto de atributos que incluem um nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos, um mínimo de risco do paciente, um alto grau de satisfação por parte dos usuários considerando-se essencialmente os valores iniciais existentes.
A busca pela qualidade assistencial vem sendo cada vez mais discutida e compartilhada entre os profissionais de saúde. Toda instituição, cuja missão essencial é assistir o ser humano, preocupa-se com a melhoria constante do atendimento, objetivando atingir uma relação harmônica entre as áreas: administrativa, tecnológica, econômica, assistencial, de ensino e de pesquisa2.
O programa de qualidade hospitalar (CQH) descreve a melhoria continua da qualidade assistencial como um processo dinâmico e exaustivo de identificação constante dos fatores intervencistas no processo de trabalho da equipe de enfermagem3.
Assim, o enfermeiro necessita conscientizar-se do seu papel de gestor da qualidade. Segundo Nepote4 para o enfermeiro é importante dar consistência a sua liderança, enriquece-la com estratégias e planos, analisar processos, criar indicadores de produção e produtividade.
O mundo caminha para uma nova realidade organizacional, que esta baseada em utilização do saber, criatividade e competitividade. É preciso mensurar os fatos, medir resultados e multiplicar o conhecimento e o aprendizado.
Perroca5 afirma, que um dos requisitos para o processo de acreditação hospitalar, especificamente para o centro cirúrgico é a utilização de sistema de informação baseada em taxas e indicadores para obtenção de informação estatística e monitoramento de resultados.
Como definir os indicadores, é uma das tarefas mais difíceis citadas pela enfermagem. O CQH conceitua indicador como uma unidade de medida de uma atividade com a qual se esta relacionada, ou ainda, uma medida quantitativa que pode ser empregada como um guia para monitorar e avaliar a assistência e as atividades de um serviço, já para Kurcgant2 a construção de indicadores de qualidade implica na explicitação de referenciais de apoio. E ainda para Perroca5 os indicadores alertam quando ocorre desvio de uma situação considerada normal ou esperada sinalizando para que o processo em questão possa ser revisado impedindo a instalação do problema.
A construção de indicadores é como uma expressão matemática, onde o numerador representa o total de eventos predefinidos e o denominador a população de risco selecionada, observando-se a confiabilidade, a validade, a objetividade, a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo dos dados2.
Para mensurar valores de assistência, gerência e produtividade devemos ter em mente o treinamento da equipe, pois uma condição importante para a construção de indicadores é a obtenção de dados e informações fidedignas, resultantes da anotação sistemática das ocorrências e dos eventos relativos ao funcionamento do centro cirúrgico. Tal situação somente será obtida a partir do convencimento dos médicos, dos enfermeiros, do pessoal de enfermagem e demais colaboradores que executam bem elaborados e das anotações precisas1.
Por isso é fundamental envolver a equipe de enfermagem na construção dos indicadores e mante-los atualizados sobre os resultados, o processo de melhoria e qualidade. O bom gerenciamento de uma unidade de centro cirúrgico constitui elemento fundamental para a tomada de decisão.
O processo de validar indicadores conduz o enfermeiro a encontrar respostas para questões gerenciais, assistenciais, econômicas e legais, mostrando os resultados do atendimento prestado e possibilitando a implementação de ações de melhoria, baseada em padrões de qualidade2.
Definidos qualidade e indicadores, cabe agora desenhar os instrumentos para avaliação de desempenho das atividades do centro cirúrgico.

Objetivos

Monitorar a produção e a produtividade do centro cirúrgico através da coleta sistemática de dados que forneçam indicadores quantitativos.
Obter e fornecer subsídios às lideranças setorial e administrativa da avaliação de processos executados e resultados obtidos, que conduzam a um plano eficaz de gestão.

Metodologia

Este é um estudo quantitativo, preditivo e analítico realizado através da aplicação de indicadores com coleta de dados no período de janeiro a junho de 2008, após conscientização da necessidade desses indicadores para avaliação dos processos e resultados do centro cirúrgico.
O centro cirúrgico avaliado é parte de um hospital privado de grande porte, localizado na cidade de São Paulo, composto de quinze salas cirúrgicas, com atendimento a todos os portes cirúrgicos e especialidades e realizando em média 1000 cirurgias por mês.
Os instrumentos utilizados foram o mapa cirúrgico, onde foi possível encontrar dados do movimento cirúrgico (cirurgias agendadas, realizadas e cancelamentos), taxa de mortalidade durante permanência no centro cirúrgico, número de reoperação. O livro de registro da recuperação anestésica onde foi possível mensurar o tempo de permanência na RA. Os dados gerenciais foram baseados na soma do banco de horas de todos os funcionários e o número de funcionários com vinculo na instituição superior a 18 meses. O instrumento de avaliação assistencial do centro cirúrgico, que foi denominado gerenciamento de risco onde avaliamos os pacientes quanto à queda e ocorrência de lesões de pele no intra-operatório, possibilitando mensurar a incidência de queda e de lesões de pele1, 3,4.
Estes dados são coletados e inseridos em planilha Microsoft Excel®, mensalmente pelas enfermeiras do centro cirúrgico, pois cada indicador é de responsabilidade de uma enfermeira da unidade. Para desenvolver o trabalho os dados foram analisados quanto à média no período proposto.


Resultados

Os indicadores de movimento cirúrgico demonstraram em média 969 cirurgias agendadas, 966 realizadas; 153 cancelamentos, sendo a maior causa de cancelamento a desistência do paciente. O tempo de atraso cirúrgico possui em média 55 minutos, sendo a maior causa atraso da equipe médica. A taxa de mortalidade durante a permanência no centro cirúrgico permanece em 0,3% e número de reoperação em 1,8. O tempo de permanência na RA é de 48 minutos. Dados já esperados pelas enfermeiras do centro cirúrgico, pois condizem com o que é vivenciado dia-a-dia. Os valores mensais estão distribuídos na tabela 1.
Os indicadores gerenciais apresentaram a média da soma do banco de horas de 308h e 63 colaboradores possuem mais de 18 meses na instituição. O alto índice de horas no banco de horas foi analisado e deve-se ao número inadequado de profissionais no quadro disposto ao setor, o que já está sendo regularizado. Foi gratificante o alto número de funcionários com vinculo superior a 18 meses na instituição, uma vez que dos 100 colaboradores do centro cirúrgico 63 abrangem o grupo do indicador, demonstrando a adesão do colaborador com a instituição. Os valores mensais podem ser vistos na tabela 2.
Os indicadores assistências tiveram como resultado uma incidência de queda é zero, uma conseqüência das providências tomadas na prevenção de queda, como as macas de transporte com grades elevadas durante toda a permanência do paciente no setor, colocação de cinto de segurança na mesa cirúrgica enquanto aguarda o preparo do cirurgião, controle da agitação psicomotora pós anestésica. A incidência de lesões de pele no intra-operatório pode ser mensurada pela criação do instrumento de gerenciamento de risco que nos permitiram avaliar cada paciente individualmente, favorecendo a conscientização da equipe de enfermagem quanto à importância do posicionamento cirúrgico e avaliação da incidência de lesões ocorridas no setor, buscando melhorias constantes na qualidade do atendimento prestado, e alertando a necessidade constante da prevenção de lesões de pele no intra-operatório. O valor médio de lesões de pele no intra-operatório é de 0,07. Os dados mensais são vistos na tabela 3.

Considerações Finais

Na enfermagem dos dias de hoje, gerência de unidade, consiste na previsão, provisão, manutenção, controle de recursos materiais e humanos para o funcionamento do serviço e a gerência do cuidado que consistem no diagnóstico, planejamento, execução e avaliação de assistência, passando pela delegação das atividades, supervisão e orientação da equipe. Assim, os enfermeiros compreendem que administrar é cuidar6.
Compreende-se que é extremamente importante que a enfermagem assistencial esteja em conjunto com a enfermagem gerencial, pois a qualidade do atendimento prestado depende da assistência direta, ou seja, o cuidado direto ao paciente e a assistência indireta, ou seja, qualidade nos processos internos. Sendo assim, cabe aos enfermeiros compreender o uso de indicadores, e aplicá-los continuamente, para que mantenham a qualidade do serviço prestado e desenvolvam novos processos.
Os números coletados que podem levar a busca de melhorias para assistência, gerência e produção e tornaram-se fundamentais na área da saúde. Porém as organizações de saúde e os hospitais mais do que quaisquer outras empresas são feitos de pessoas. Assim o fator diferencial entre as empresas do setor de saúde é o potencial humano que elas dispõem1.
Conclui-se que a avaliação de desempenho das atividades do centro cirúrgico mediante um conjunto estruturado de indicadores, abre caminho para a revisão critica nos principais processos e rotinas envolvidas na produção cirúrgica do hospital, possibilitando a intervenção nos processos falhos e desenvolvimento de melhorias, buscando sempre a qualidade do processo, além de apresentar de uma forma clara à área administrativa do hospital o trabalho complexo do centro cirúrgico.



Referências
1. Duarte, IV; Ferreira, DP. Uso de Indicadores na Gestão de um Centro Cirúrgico. [periódico na Internet]2006 abr-jun [acesso em 2007 outubro], 31 (8) [aproximadamente 8 páginas]. Disponível em: http://www.cqh.org.br/
2. Kurcgant, P, Tronchim, DMR, Melleiro, MM. A construção de indicadores de qualidade para avaliação de recursos humanos nos serviços de enfermagem: pressupostos teóricos. [periódico na Internet]2006 [acesso em 2007 novembro]; 19(1) [aproximadamente 4 páginas]. Disponível em: http://www.scielo.br/
3. Programa de Qualidade Hospitalar (CQH). Manual de Indicadores de Enfermagem NAGEH.São Paulo: APM/CREMESP.2006
4. Nepote, MHA. Análise de Desempenho das Atividades no Centro Cirúrgico através de indicadores quantitativos e qualitativos. [periódico na Internet] 2003 [acesso em 2007 setembro]21 (5) [aproximadamente 10 páginas]. Disponível em: http://www.cqh.org.br/
5. Perroca, MG, Jericó, MC, Facundim, SD. Monitorando o cancelamento de procedimentos cirúrgicos: indicador de desempenho organizacional. [periódico na Internet] 2007 [acesso em 2007 novembro]; 41(1) [aproximadamente 7 páginas]. Disponível em: www.ee.usp.br/reeusp
6. Aguiar, ABA. Costa, RSB, Weirich, CF. Bezerra, ALQ. Gerência dos serviços de enfermagem: um estudo bibliográfico. [periódico na Internet] 2005 [acesso em 2007 outubro]; 7(3) [aproximadamente 9 páginas]. Disponível em http://www.fen.ufg.br/
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